Quando o Mal sabe bem
É impressionante a crueldade das crianças, que arrancam pernas às baratas, engolem formigas ou fazem sofrer outras criancinhas apenas pelo prazer que lhes dá. Será a maldade natural no ser humano? Penso que a natureza humana não é má nem boa. As crianças vão descobrindo as variáveis do universo aos poucos. Primeiro existem as variáveis que coordenam a sobrevivência, chorar para pedir comida ou para indicar sofrimento, procurar a mama da mãe, sorrir para criar uma ligação emocional aos pais. Depois vem a descoberta das varáveis exploratórias, a texturas dos brinquedos, a sua cor, o movimento. Na fase seguinte os brinquedos mais engraçados são os orgânicos e com vida, puxar o rabo ao gato ou os bigodes ao avô não significam uma apetência para o mal. Simplesmente a criança acha piada por obter reacções diferenciadas e mais ricas que as anteriores.
Só mais tarde a criança começa a ter noção que existem coisas que ela não experimenta directamente e que apenas pode inferir por alguns sinais. A dor e o sofrimento que a criança inflige no início eram puras e sem um objectivo para além da vontade imediata de obter alguma reacção, agora passam a ter um significado ético. E é aqui que o mal começa.
A génese do mal é a negação da empatia. É ter meios para perceber a dor e o sofrimento alheios e mesmo assim continuar as acções que os provocam. Posteriormente, o mal está em não se empatizar com quem sofre, seja porque razão for. Dir-se-ia que, deste ponto de vista, algum mal é necessário para prosseguirmos a nossa vida sem ela ser um martírio constante. Contudo, o extremo do mal acontece quando é justificado intelectualmente, sendo o paroxismo quando é dogmaticamente defendido pela ideologia. Defender o mal, só por si, nunca resultou. Quem defende o mal integra isso num contexto mais amplo. O mal é a forma de eliminar quem corrompe e impede o paraíso na Terra. O mal, portanto, é justificado como uma forma de arrancar as ervas daninhas para as verdadeiras flores poderem desabrochar.
O mal absoluto não está no indivíduo que mata alguém apenas porque ele passou à sua frente Isso é loucura, desespero, alienação, não o mal. O mal absoluto está no terrorista que mata porque acha as vítimas corruptas e que as suas acções são aprovadas por Deus. O mal absoluto está nas ideologias nazi, fascista e comunista que matam, censuram e segregam e acham as suas vítimas perigosas, culpadas de todos os males, inferiores e sem valor.
Nas sociedades ocidentais, semi-livres, o mal em grande escala está no relativismo. O relativismo que fecha os olhos aos crimes mais hediondos dos regimes islâmicos e comunistas, os primeiros justificados com o multiculturalismo e os segundos pelas boas intenções que a ideologia comunista diz ter. O mesmo relativismo faz as sociedades ocidentais andarem a expiar os seus pecados históricos ao mesmo tempo que ainda apresentam algum orgulho imperial. O relativismo que compara Bush a Hitler, que compara maus tratos numa prisão aos campos de concentração. O relativismo ocidental é essencialmente niilista. Não lhes interessa o fim do mal, pelo contrário, interessa-lhe desculpar o mal absoluto com males menores.
Só mais tarde a criança começa a ter noção que existem coisas que ela não experimenta directamente e que apenas pode inferir por alguns sinais. A dor e o sofrimento que a criança inflige no início eram puras e sem um objectivo para além da vontade imediata de obter alguma reacção, agora passam a ter um significado ético. E é aqui que o mal começa.
A génese do mal é a negação da empatia. É ter meios para perceber a dor e o sofrimento alheios e mesmo assim continuar as acções que os provocam. Posteriormente, o mal está em não se empatizar com quem sofre, seja porque razão for. Dir-se-ia que, deste ponto de vista, algum mal é necessário para prosseguirmos a nossa vida sem ela ser um martírio constante. Contudo, o extremo do mal acontece quando é justificado intelectualmente, sendo o paroxismo quando é dogmaticamente defendido pela ideologia. Defender o mal, só por si, nunca resultou. Quem defende o mal integra isso num contexto mais amplo. O mal é a forma de eliminar quem corrompe e impede o paraíso na Terra. O mal, portanto, é justificado como uma forma de arrancar as ervas daninhas para as verdadeiras flores poderem desabrochar.
O mal absoluto não está no indivíduo que mata alguém apenas porque ele passou à sua frente Isso é loucura, desespero, alienação, não o mal. O mal absoluto está no terrorista que mata porque acha as vítimas corruptas e que as suas acções são aprovadas por Deus. O mal absoluto está nas ideologias nazi, fascista e comunista que matam, censuram e segregam e acham as suas vítimas perigosas, culpadas de todos os males, inferiores e sem valor.
Nas sociedades ocidentais, semi-livres, o mal em grande escala está no relativismo. O relativismo que fecha os olhos aos crimes mais hediondos dos regimes islâmicos e comunistas, os primeiros justificados com o multiculturalismo e os segundos pelas boas intenções que a ideologia comunista diz ter. O mesmo relativismo faz as sociedades ocidentais andarem a expiar os seus pecados históricos ao mesmo tempo que ainda apresentam algum orgulho imperial. O relativismo que compara Bush a Hitler, que compara maus tratos numa prisão aos campos de concentração. O relativismo ocidental é essencialmente niilista. Não lhes interessa o fim do mal, pelo contrário, interessa-lhe desculpar o mal absoluto com males menores.
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