quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Sobre as eleições

Face à imbecilidade que reina à minha volta, não consigo deixar de escrever sobre o debate de ontem. Talvez seja por estar doente, mas neste momento os portugueses parecem-me tão imbecis que merecem todo o mal que lhes vai acontecer. Tinha razão alguém que disse que quem quer enganar encontra sempre alguém que quer ser enganado (infelizmente não me lembro quem disse isto).

No seu habitual estilo, Louçã fez uma grave acusação, sobre isenções que teve a Banca. Alguns blogs reagiram de imediato, desmascarando a falsidade de Louçã. Sócrates aplaudiu o jogo baixo (a coligação a funcionar). Santana reagiu mais tarde, mas duvido que alguém lhe tenha dado a devida atenção. Ao mesmo tempo, Sócrates vem reiterando as suas propostas, ora banais, ora gravosas.

O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), fala do défice e do peso da despesa pública por alguma razão. É que foi provado à saciedade que só mantendo os dois indicadores baixos se pode permitir o crescimento económico (não implicam crescimento económico mas apenas que o Estado não o estrangula o sector privado, esse sim o responsável pelo crescimento económico). É a maior ajuda que a UE nos podia ter dado, no entanto, por cá é encarado como um castigo.

Sócrates vem prometendo que nos vai libertar do castigo. De início ainda pensei que fossem apenas as típicas promessas irrealistas de campanha, mas não. Sócrates acredita mesmo que devemos caminhar em direcção ao abismo, que uma ponte invisível nos vai suster da queda. Os portugueses seguem o novo messias. Seguem não com uma fé inabalável mas apenas por comodidade. Numa altura em que, mais que nunca, se pedia aos portugueses coragem, fibra, atenção, criatividade e trabalho, os portugueses optam pela apatia. Entretanto, vou pensar em aperfeiçoar línguas estrangeiras. Emigrar pode ser a única solução. Talvez aprender chinês...