Vida, morte e alma
A vida é tudo. A diferença entre os últimos momentos de um moribundo e a morte já consumada é abissal. O sopro de vida quando se extingue leva tudo consigo. O medo da morte é o medo de perder tudo. O corpo da pessoa morta parece ser de ninguém, falta-lhe algo. Dizer que lhe falta vida, para além de óbvio, parece estar aquém da verdade. Daqui surge a ideia de algo mais poderoso que o corpo, a alma, que se foi. Mas se a alma é inegavelmente mais poderosa que o corpo, pode-se supor que enquanto o corpo perece a alma perdura. É a morte que nos faz acreditar que há algo em nós que nos transcende e que nos pode ligar ao absoluto.
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