A arrogância que afinal era inveja
A arrogância tornou-se num pecado laico. Não que não tenha também a sua vertente religiosa, mas do ponto de vista secular a arrogância tem uma carga bastante forte, que leva a generalidades dos indivíduos a temer serem chamados de arrogantes. O mundo temporal é essencialmente intuitivo e de constantes apelos à memória selectiva para assim poder albergar todo o tipo de contradições. Com este post pretendo lançar algumas ideias sobre 3 tipos de arrogância.
Em primeiro lugar considere-se a arrogância com mérito, ou seja, o indivíduo que é bastante arrogante mas que pode justificar-se porque, em termos objectivos, é realmente muito bom naquilo que propala. Este tipo de pessoa pode ser insuportável ou provocar algum fascínio, mas em geral são-lhe reconhecidos os méritos. Contudo, há uma ideia errada sobre esta arrogância, que se supõe estar presente naquele indivíduo “24 horas por dia”. Isto não é de todo possível porque para alguém ser bom em algo teve e tem de despender uma grande quantidade de tempo a aperfeiçoar-se de forma humilde, porque só assim pode atingir a excelência.
Depois temos a arrogância de fanfarronice. Este tipo de arrogância é um bom barómetro para avaliar o grau de coragem e alienação de um grupo, porque se passar em claro é porque estão todos meio ausentes da realidade ou acobardados. Infelizmente, este tipo de arrogância é aceite como natural. O indivíduo arrogante sem qualquer mérito notório é frequentemente uma pessoa de sucesso. O seu estilo é quase sempre incisivo e um pouco ameaçador, o que faz com que raramente o chamem de arrogante.
Por último a arrogância que afinal era inveja. Como se pode depreender, não se trata de uma verdadeira arrogância mas é com frequência acusada de tal. Acontece aos indivíduos que falam de forma segura sobre os mais variados assuntos e que provocam inveja a alguns. Costuma ocorrer em trocas de argumentos em que uma das partes é coerente, segura, clara e a outra, com falta de “armas”, faz uma acusação de arrogância. É uma tentativa eficaz de colocar o outro na defensiva, que de certa forma se sente obrigado a abdicar da sua clarividência. É curioso que, por norma, quem faz a acusação de arrogância é quase sempre incapaz de a fazer também ao fanfarrão arrogante, por temer a sua reacção. Ou seja, só acusa de arrogância aqueles que sabe que não o são e que, por isso, reagirão confundidos e sem grande ímpeto.
As diferenças entre o primeiro e o terceiro tipo de arrogância são breves. A arrogância com mérito pode transformar-se em apenas confiança. Mas o indivíduo que não é arrogante mas apenas confiante pode sentir-se tentado em tornar-se arrogante. Esta última situação pode constituir uma grande degradação, porque o indivíduo pode perder alguma clarividência e, sem se dar conta, aos poucos tornar-se num mero arrogante fanfarrão, sem grandes méritos.
Em primeiro lugar considere-se a arrogância com mérito, ou seja, o indivíduo que é bastante arrogante mas que pode justificar-se porque, em termos objectivos, é realmente muito bom naquilo que propala. Este tipo de pessoa pode ser insuportável ou provocar algum fascínio, mas em geral são-lhe reconhecidos os méritos. Contudo, há uma ideia errada sobre esta arrogância, que se supõe estar presente naquele indivíduo “24 horas por dia”. Isto não é de todo possível porque para alguém ser bom em algo teve e tem de despender uma grande quantidade de tempo a aperfeiçoar-se de forma humilde, porque só assim pode atingir a excelência.
Depois temos a arrogância de fanfarronice. Este tipo de arrogância é um bom barómetro para avaliar o grau de coragem e alienação de um grupo, porque se passar em claro é porque estão todos meio ausentes da realidade ou acobardados. Infelizmente, este tipo de arrogância é aceite como natural. O indivíduo arrogante sem qualquer mérito notório é frequentemente uma pessoa de sucesso. O seu estilo é quase sempre incisivo e um pouco ameaçador, o que faz com que raramente o chamem de arrogante.
Por último a arrogância que afinal era inveja. Como se pode depreender, não se trata de uma verdadeira arrogância mas é com frequência acusada de tal. Acontece aos indivíduos que falam de forma segura sobre os mais variados assuntos e que provocam inveja a alguns. Costuma ocorrer em trocas de argumentos em que uma das partes é coerente, segura, clara e a outra, com falta de “armas”, faz uma acusação de arrogância. É uma tentativa eficaz de colocar o outro na defensiva, que de certa forma se sente obrigado a abdicar da sua clarividência. É curioso que, por norma, quem faz a acusação de arrogância é quase sempre incapaz de a fazer também ao fanfarrão arrogante, por temer a sua reacção. Ou seja, só acusa de arrogância aqueles que sabe que não o são e que, por isso, reagirão confundidos e sem grande ímpeto.
As diferenças entre o primeiro e o terceiro tipo de arrogância são breves. A arrogância com mérito pode transformar-se em apenas confiança. Mas o indivíduo que não é arrogante mas apenas confiante pode sentir-se tentado em tornar-se arrogante. Esta última situação pode constituir uma grande degradação, porque o indivíduo pode perder alguma clarividência e, sem se dar conta, aos poucos tornar-se num mero arrogante fanfarrão, sem grandes méritos.
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