Reacções
No livro “Impasses”, de Fernando Gil e Paulo Turras, é dito que se chegou a uma situação tal, com tanta má-fé, irracionalidade e insultos, que começa a ser difícil manter certas amizades. Chego também à conclusão que pode ser impossível manter muito mais coisas.
Falo de falta de liberdade, de opressão, de insultos de ameaças. Falo de mim... Agora num almoço um colega meu afirmava que se tinha de manter em silêncio no 4º piso para não ser “apedrejado”. Logo lhe afirmei que o mesmo se passava comigo no 5º. Quem não é “anti-qualquer-coisa” caiu em desgraça. E se der mostras de querer defender, mesmo que timidamente, o lado “errado”, é melhor que prepare para as consequências.
Foi algo como isso que me aconteceu. Num assunto aparentemente inócuo, uma frase minha mais descuidada (depois de ouvir uma barbaridade), logo me valeu a acusação “Nazi-Fascista”. De certa forma, explodi: “Queres que te parta a cara?”
Só me dá vontade de perguntar: MAS QUE MERDA É ESTA!? Sempre respeitei a liberdade dos outros, sem nunca impor ideias. Vou participar num espectáculo comemorativo do 25 de Abril, com música de José Afonso e Carlos Paredes, patrocinado por uma Câmara comunista. Todo o meu trabalho e dedicação e penso, para quê? Vou comemorar uma liberdade reclamada pelas pessoas que agora me estão a tirá-la.
<< Home