Grandes questões do nosso tempo
Há coisas que nos fazem pensar que os tempos mudam. Por exemplo, aquelas grandes questões que todos acabam por discutir. Há uns anos atrás, questões incontornáveis versavam temáticas como a existência de Deus, a possibilidade de uma vida depois da morte, se a vida era vida sem um grande amor... Para alguns serão ainda questões fundamentais, mas sinto que para a maioria deixaram de fazer grande sentido, sendo assuntos menores. É difícil dizer quais são as questões incontornáveis desta era. Arrisco dizer que versam sobre política internacional, o papel da estado na sociedade, a integração de emoções com a razão...
Passou-se de questões grandiosas, onde se pretendia encontrar a essência da vida e da morte, para questões mais concretas, que dizem respeito ao actual. Será negativa esta mudança? A meu ver não, em teoria. As questões podem ter mudado, mas a forma ingénua como se abordavam continua a mesma. Serão as pessoas que escolhem as ideias ou as ideias que usam as pessoas como meio de transporte? Apesar de me agradar esta viragem para o concreto também traz novos riscos. Ter ideias idiotas sobre a existência de Deus não era especialmente gravoso(pode parecer provocação minha mas não é...). No entanto, virando-se as questões para o concreto isso fez ocorrer uma explosão maciça de “Idiotas Úteis”. Pequenos grupos extremistas servem de guias ideológicos às populações que se pensam mais esclarecidas, nos países modernos. Mas como alguém pode ser esclarecido quando se limita a papaguear o que lhe sabe bem dizer e foge de toda e qualquer análise racional e ponderada?
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