Por caminhos politicamente incorrectos (1)
HOMENS E MULHERES
Quando li pela primeira vez a famosa citação de Freud, dizendo que nunca havia conseguido compreender as mulheres, quase tive pena do senhor e da sua ignorância. Na altura pensei que já sabia muito do assunto e pouco me faltava para descobrir. Passados mais de 10 anos dei-me conta que, afinal, também não compreendo as mulheres. Todas as brilhantes conclusões que tinha foram sendo abaladas, esquecidas, postas de lado. E assim fui-me juntar a tantos homens, uns conformados, outros ainda esforçados.
Mas isto é só metade da história. Porque também me vim apercebendo que as mulheres também não compreendem os homens. Só que não se preocupam com isso, não tentam nunca perceber o porquê. Algumas simplesmente seguem em frente como se isto fosse uma não questão. Outras desvalorizam-na de uma forma subtil, repetindo em estereótipos que não dizem nada mas são eficazes (Os homens são todos iguais, só pensam na mesma coisa, etc.).
Há algum desequilíbrio nesta mútua incompreensão, porque aos homens é muito mais censurada a ignorância, o não perceber a outra parte. Às mulheres não é exigida grande coisa, porque o que é politicamente correcto é exigir direitos para as mulheres de agora e assim compensar os direitos que as suas mães e avós não tiveram.
Nós, homens, já percebemos que as mulheres dominam cada vez mais em quase tudo. Rezemos que ainda leve algum tempo para elas descobrirem que nos siderarão completamente quando começarem a exigir deveres e responsabilidades. Estarão os nossos filhos machos condenados apenas a realizar trabalho braçal ou então serem escravos sexuais e donos de casa? Talvez não fosse assim tão mau…
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