A era da arrogância (1)
Vivemos num tempo em que a arrogância dá cartas. É talvez um sintoma de época, em que não só nos comparamos uns com os outros, mas também competimos com tempos passados e, por vezes, futuros. Nas mais diversas áreas repetem-se até à exaustão frases como:
Nunca na história da humanidade existiu um tão grande número de
Pessoas
Pobres
Ricos
Sub nutridos
Pessoas com excesso de peso
Automóveis
Auto-estradas
Parques de diversões
Elevadores
Arranha-céus
Campos de golfe
Revistas sociais
Fotógrafos amadores
Investigadores
Estúpidos
(…)
Talvez até seja verdade. Talvez esta seja uma época de rápidas mudanças e desenvolvimentos extraordinários e de conquistas até à pouco anos nem sonhadas. Mas para quê esta obsessão em nos destacarmos? O que é realmente grandioso não se põe em bicos de pés, muitas vezes nem se reconhecendo dessa forma. O grandioso é o que é reconhecido como tal de forma espontânea. O reconhecimento poderá apenas durar uns instantes ou então perdurar por séculos, mas terá que tocar algures na frágil alma humana.
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