O novo Papa (1)
Se o novo Papa tivesse tomado posse há uns anos atrás teria também eu juntado-me ao coro de críticas (mas não aos insultos grosseiros) que agora vemos um pouco por toda a parte. Devido a esse meu “trajecto” seria de esperar que dissesse que os compreendo, assim em tom meio paternalista. Mas a verdade é que não compreendo mesmo...
Porque há uns 10 anos atrás tinha algum fervor anti-cristão, motivado pelo conhecimento de páginas negras do cristianismo, pelo domínio desta “religião” que paralisou a evolução europeia durante 1500 anos, por um moralismo hipócrita e autoritário que ainda se fazia sentir na altura e que me limitou a liberdade algumas vezes e, finalmente, pela descoberta de visões da realidade muito mais atraentes que as propostas pelo catolicismo convencional e que não caiam no facilitismo.
Nos últimos anos, a minha relação com os cristãos apaziguou-se. Estes parecem ser mais reservados, entraram em clausura e deixaram de ser evangelizadores à força. Mas como acontece quase sempre, os vazios de poder são preenchidos muito rapidamente. Os novos evangelizadores vieram do quadrante oposto, da extrema-esquerda, juntos aos psedo-pacifistas e aos psedo-ecologistas. Para estes, um novo Papa conservador é uma ameaça ao poder entretanto conquistado.
(Cont.)
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