quinta-feira, julho 31, 2003

O primeiro mail - o primeiro comentário!

José Dias foi o primeiro a saudar este novo blog (a meu pedido). Simultaneamente, faz um comentário ao primeiro "post", a ler com atenção.

Sabes onde estive na semana passada? Nos Emiratos Árabes Unidos, em particular no Dubai e Abu Dhabi. Fiquei maravilhado com a mentalidade daquelas pessoas, que é mesmo a oposta àquela que descreves no teu primeiro blog em relação a Portugal e aos portugueses. Há quem diga que o sistema dos Sheiks só funciona porque o dinheiro jorra ao ritmo do petróleo. Mas não foi essa a impressão com que fiquei. Por exemplo, no Dubai só existe petróleo para mais 10 anos, mas neste momento eles já desenvolveram a economia de modo a estarem totalmente independentes do petróleo e continuarem a crescer a um ritmo alucinante. Eles não esperam que nada lhes caia do céu. Eles fazem tudo e partem do zero, ou melhor, do deserto. As coisas mais impressionantes são as florestas à beira da auto-estradas, as ilhas artificiais (a mais famosa - The Palm Island vai "apenas" aumentar a costa de praia em cerca de 120 Km e vê-se da lua), o prazer de poder esbanjar água, o projecto do edifício mais alto do mundo, a mais prestigiada universidade do mundo não ocidental, a preocupação de proporcionarem boas condições de vida aos 80% de estrangeiros que trabalham para desenvolver o país, etc., etc.




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terça-feira, julho 29, 2003

A primeira vez é a mais difícil e a mais saborosa

Criar um blog é fácil comparado com outras coisas. Mas as dificuldades iniciais nunca deixam de existir, que vou tentando colmatar com os meus conhecimentos rudimentares de HTML.


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A jeito de começar com má língua descontraída

Nós portugueses estamos mais ricos, mas não é o que sentimos. Pelas andanças pelo país nunca me deixo de surpreender pelas enormes vivendas que existem um pouco por todo o lado... E nas cidades, tantos Mercedes e BMW.

Será falta de visão explicar o que é Portugal apenas à luz dos 50 anos de ditadura e, depois, com o 25 de Abril?

Essencialmente, e estudando a História de Portugal, penso que a nossa maneira de ser pouco difere da do século XIX (experimentem ler Eça), e a nossa mentalidade de esperar que tudo caia do céu e falta de realismo vem muito mais do sebastianismo do que acontecimentos mais recentes, sendo mais estes últimos frutos dessa raiz meio onírica.

Mas não temos objectivos ambiciosos, só queremos pequenas coisinhas (dinheiro, carros, casas, barcos...). E, sobretudo, queremos a normalidade, nem que seja para falar mal dela.




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